Há mais de 20 o médico Roni Quevedo, em parceria com a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), encabeça um projeto para testar a visão de crianças entre cinco e 14 anos. O objetivo da ação é atuar como uma ferramenta para melhorar o rendimento escolar e a convivência dos pequenos. Milhares de crianças já foram atendidas e, agora, Quevedo tem mais um desafio: conseguir novos parceiros para que crianças menos assistidas tenham acesso ao teste de visão.

O médico relembra que o projeto existe desde 1997 e passou por inúmeras escolas. Ao longo deste período, contou com muitos parceiros. Entretanto, a meta é buscar novas parcerias para que outros jovens possam ter a oportunidade de fazer o teste. “Queremos buscar escolas públicas e associações de bairros que nos apresentem crianças e jovens entre cinco e 14 anos”, diz. Ele explica, ainda, que depois da realização do teste de acuidade visual, caso necessário, o paciente é encaminhado para o ambulatório de oftalmologia da UCPel. Lá, o pequeno passará por uma consulta médica e verá se há necessidade de usar óculos.

Se for constatada a necessidade de utilização de óculos e os responsáveis não tiverem condições de realizar a compra, o projeto de Quevedo possui parcerias com alguns estabelecimentos para obter desconto no produto. Caso a família não possua recursos para arcar com nenhum valor, o médico se compromete em buscar na sociedade uma ou mais pessoas para garantir a aquisição do acessório. “Se conseguirmos acessar uma criança, é menos uma que sofrerá com problemas na aprendizagem”, fala, explicando que muitas vezes o problema na visão pode afetar o rendimento.

O teste
A estrutura necessária para o desenvolvimento do projeto é pouca, se comparada aos benefícios para a saúde dos pequenos. Roni Quevedo explica que para realizar o trabalho é necessária uma sala com boa iluminação. A entrada de luz deve ser pelo lado ou pelas costas do examinado. O restante do material é fornecido pelo projeto: uma escala de Snellen, oclusores visuais e fichas para que seja feito o cadastro da criança.

A avaliação é simples e rápida, cerca de cinco minutos. O examinado é posicionado a cinco metros de distância da escala de Snellen, fixada na altura de seus olhos. Orientado pelo médico, ele bloqueia a visão do olho direito com o oclusor e identifica a posição das letras dispostas na escala. O mesmo procedimento é repetido com o olho esquerdo. Além do desempenho no exame, são avaliados outros fatores, como o rendimento escolar e as queixas relacionadas à visão.

Todo o atendimento é prestado de forma gratuita. Quem deseja solicitar uma visita do projeto para firmar novas parcerias pode entrar em contato diretamente com o médico Roni Quevedo através do e-mail [email protected].

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